OlimpicoÀs vésperas de se tornarem realidade, os primeiros Jogos Olímpicos no Brasil vivem um clima de preocupação e incerteza.

O mundo com olhos atentos, voltados para o Rio de Janeiro. Assim será a partir do dia cinco de agosto quando atletas de 206 países estarão na cidade colocando toda a sua energia e técnica nas competições em busca de medalhas e recordes.

Em 2009, quando o Rio de Janeiro venceu a disputa com Madri, Tóquio e Chicago para sediar as Olimpíadas de 2016, o Brasil vivia dias bem mais calmos. O Brasil viva o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “o político mais popular da Terra”, segundo palavras, naquele ano, do presidente americano Barack Obama.

Quase sete anos depois, pouco resta do encantamento que o Brasil causava ao mundo. O país vive uma profunda crise política e econômica e há um golpe em curso praticado contra a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff. O Estado do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública, atrasando salários e compromissos.

Os movimentos sociais têm denunciado o que chamam de ‘Jogos da Exclusão’, com a cidade ainda mais partida e o megaevento restrito a quem pode pagar caro. Remoções forçadas de moradores e gastos em obras faraônicas são alvos de críticas. A chamada ‘Jornada de Lutas contra a Rio 2016’ promete começar a ocupar as ruas no dia primeiro de agosto com vigília no Centro da Cidade. Os atos de se estenderão até a cerimônia de abertura, com protesto na região do Maracanã. Manifestações pretendem aproveitar a presença de autoridades, turistas e atletas internacionais para fazer denúncias contra o presidente golpista.

Para saber mais leia o Direito de Opinião Nº 11.