eduardo-cunhaParece até número cabalístico. Cinco delatores da Operação Lava Jato fizeram exatamente a mesma denúncia: Eduardo Cunha cobrou, e recebeu, propina para viabilizar a construção de navios sonda da Petrobras. O doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Baiano garantiram que US$ 5 milhões foram depositados numa conta na Suíça. Em março deste ano, ouvido na CPI da Petrobras, Eduardo Cunha negou de pés juntos a propina e a conta.
Seis meses depois do depoimento na CPI, o Ministério Público suíço informa à Procuradoria Geral da República que Cunha tem exatamente US$ 5 milhões depositados em contas nos bancos suíços. As contas estão nos nomes do deputado, da mulher e da filha.
As denúncias contra Cunha vêm desde que ele era tesoureiro da campanha de Fernando Collor no Rio. Todas elas estão reunidas no livro “As aventuras de Eduardo Cunha, dono do balcão de negócios da Câmara”, do jornalista Luis Nassif. São 22 processos que vão da falsificação de documentos à manipulação de licitações quando as presidências da Telerj e da Cohab/RJ.
Apesar dessa extensa ficha corrida, Cunha segue impávido. Principal aliado dos setores que querem o impeachment da presidente Dilma, ele tem o apoio da mídia que praticamente escondeu a informação do MP suíço sobre a sua conta de US$ 5 milhões.
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