A CPI das Barcas aprovou  dia 09/06, seu relatório final concluindo que os problemas verificados no transporte aquaviário são resultado da péssima administração de Barcas S/A. Para o presidente da CPI, deputado estadual Gilberto Palmares, “está comprovado que o modelo de concessão adotado no transporte aquaviário é lesivo aos interesses dos usuários. Por isso não cabe, por parte do Governo do Estado, o reconhecimento de qualquer dívida com a concessionária.”

Os deputados concluíram ainda pela necessidade do governo promover uma avaliação dos onze anos de concessão e de rever, no prazo de 120 dias, as conclusões da revisão qüinqüenal. A revisão, realizada em 2007, levou ao fim da barca da madrugada, ao reajuste das tarifas acima da inflação e à cobrança, por parte de Barcas, de uma suposta dívida do governo do estado no valor de R$ 126 milhões.

Dentre as principais propostas aprovadas pela CPI estão:

. O retorno da barca da madrugada
. A redução das tarifas para Paquetá, Ilha Grande e Ilha do Governador
. A utilização dos recursos do ICMS pagos por Barcas na melhoria das linhas de Paquetá, Ilha do Governador, Ilha Grande e implantação da estação em São Gonçalo
. A garantia do oferecimento de 12 mil lugares nos horários do rush na linha Rio/Niterói/Rio
. A realocação dos quiosques do terminal da Praça XV
.Validação do Riocard em todas as roletas
. A abertura do edital de licitação para a estação de São Gonçalo
. Apresentação de projeto de lei estabelecendo um tempo de vida útil para as embarcações
. A construção, por Barcas S/A, das três embarcações previstas no empréstimo feito junto ao BNDES
. A implantação do bilhete único no próprio sistema, permitindo que os usuários possam reembarcar em qualquer estação sem pagar nova passagem
. Implantação, a curtíssimo prazo, do sistema de integração intermodal
. A realização, pelo governo do estado, de estudos que permitam a instalação de uma estação de passageiros em um dos armazéns do porto
. Recomendar ao governo do estado que as multas aplicadas sejam realmente pagas e não supostamente revertidas em benefício dos usuários.

A CPI aprovou ainda regras para futuras concessões, estabelecendo que os novos contratos proíbam o controle acionário das concessionárias de serviços públicos de transporte de passageiros por acionistas de modais concorrentes.

O próximo passo, agora, é a votação pelo plenário da Alerj, o que deve ocorrer até o final deste mês.