Uerj2Uma das mais conceituadas universidades públicas do país, a Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) vive a pior crise de seus 66 anos.

Com recursos cada vez mais escassos, a situação da Uerj se tornou crítica a partir do final de 2014, quando os constantes atrasos no pagamento levaram a empresa terceirizada de limpeza a romper o contrato. Os trabalhadores foram demitidos, o restaurante universitário (bandejão) foi fechado, servidores e professores tiveram os salários atrasados. Com o campus sem condições de funcionamento, os estudantes iniciaram uma série de protestos levando o então reitor, Ricardo Vieiralves, a adotar uma medida extrema: fechou a universidade.

De lá pra cá, sem qualquer perspectiva de que a crise financeira chegue ao fim, com os servidores técnico-administrativos e professores em greve desde março de 2016, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão adiou as inscrições para o vestibular de 2017.

No início deste ano, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca, rebateu as críticas de professores, servidores e alunos sobre a redução promovida pelo governo do estado nos recursos direcionados à Universidade. Em artigo publicado no jornal O Globo, o secretário Tutuca diz que a Uerj teve um aumento de 141% no seu orçamento durante os governos de Sérgio Cabral e Pezão.

Esse suposto aumento é veementemente contestado por professores e servidores. Depois de várias audiências públicas na Assembleia Legislativa, eles haviam negociado a aprovação de três Projetos de Lei: um assegurando as conquistas dos servidores, outro o Plano de Carreira Docente e o terceiro, de reajuste das bolsas dos estudantes.

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